Por Marcela Ruas
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domingo, 30 de maio de 2010

Sobre a repetibilidade [2]

Aqui a repetibilidade aparece novamente, dessa vez por autores que divergem sua opinião sobre tal, mas levantam uma mesma tendência.
Domenico De Masi disse em 2000, no livro, "O ócio criativo", "A principal característica da atividade criativa é que ela praticamente não se distingue do jogo e do aprendizado, ficando cada vez mais difícil separar estas três dimensões que antes, em nossa vida, tinham sido separadas de uma maneira clara e artificial. Quando trabalho, estudo e jogo coincidem, estamos diante daquela síntese exaltante que eu chamo de "ócio criativo"". Seu foco era ressaltar a utilidade dessa aplicação.
Não com o mesmo foco, mas ainda na repetibilidade, a 1a geração da escola de Frankfurt, em especial Theodor Adorno, em suas críticas à indústria cultural, no final da década de 20, comenta os mesmos pontos.
Claro que é preciso descontar toda a rabugisse de Adorno, mas veja um resumo-comentário da série "Os pensadores" (1983) sobre o seu trabalho: 'O próprio ócio do homem é utilizado pela indústria cultural com o fito de mecanizá-lo, de tal modo que, sob o capitalismo, em suas formas mais avançadas, a diversão e o lazer tornam-se um prolongamento do trabalho'. Segundo Adorno, "só se pode escapar ao processo de trabalho na fábrica e na oficina, adequando-se a ele no ócio".
Lendo assim não parece quase plágio?? hehehehe

Sobre a repetibilidade

Vou comentar aqui um tema que vejo recorrentemente (obviamente, e vcs em breve entenderão o porque) e vou chamar isso da "repetibilidade" dos temas de gestão.
Peter Drucker, em 1995, disse, em seu livro "Adapting to change": "We are in one of those great historical periods that occur every 200 to 300 years when people no longer fully understand the world anymore, and knowledge of the past is not sufficient to explain the future". 
Em 2006, Otto Scharmer, em seu livro, "THEORY U: Leading from the Emerging Future Presencing as a Social Technology of Freedom", disse: "In working with leadership teams across sectors and industries, I realized that leaders could not meet their existing challenges by operating only on the basis of past experiences. I wondered whether there could be a deeper learning cycle based on one’s sensing of an emerging future, rather than on one’s past experiences".
Acho que já disse isso aqui, mas sabe o que, os conhecimentos não são novos. Os grandes gurus de gestão, os grandes pensadores da humanidade, refletem sobre os mesmos temas. Dizem várias e várias vezes as mesmas coisas, de formas diferentes. Acho que a gente é que às vezes não escuta... Ou não presta atenção.

Devagar se vai ao longe...

Ontem, enquanto corria na Lagoa da Pampulha, analisei um pouco a relação com o esporte e vi ali um dos segredos de todas as coisas: moderação, ponderação. Não se começa a correr pelo sprint. Isso serve pra muitas situações da vida...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Admirável mundo velho novo

Sabe o que é mais maluco? É que o profissionalismo é muito amador... rsrs A cada dia em que convivo com o mundo corporativo confirmo isso. E isso pra mim tem dois lados. Um lado é muito ruim que é o de pensar que grandes corporações, grandes nomes nacionais ou mundiais, de faturamentos gigantescos, possam cometer erros até primários. Agora, o outro lado disso, que é genial, é o de que, na verdade, não existe receita certa ou fórmula mágica. Tem empresa que faz tudo errado e dá certo. Empresa que faz tudo certo e dá errado. E a verdade é essa, por mais que o mundo acadêmico traga uma série de novas metodologias, descobertas, abordagens, não existe certeza de sucesso. E, no final, isso acaba é dando muito espaço pra intuição e pro bom senso. Ainda me admiro desse mundo de empresas...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Parcerias

Tenho trabalhado muito em parcerias. E tenho descoberto que há um mundo inteiro a ser explorado. E muitas pessoas muito interessantes. E que é muito legal trabalhar assim, em conjunto, para construir produtos de empresas distintas. E é assim, a empresa nem nome tem, mas já tem um evento que é o 1o encontro de rede dos parceiros da empresa. Ainda não faço a mínima ideia dos resultados que vou obter, mas já posso estar perdidamente apaixonada?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Meio cheio ou meio vazio?

Hoje eu acordei me sentindo pequena. E, após o sofrimento da vulnerabilidade, consegui enxergar no vazio uma oportunidade. E conclui que estou no caminho certo. É isso mesmo que eu estou buscando: O copo metade vazio. Sair do tudo para buscar respostas no nada. É preciso estar vazio para que se possa preencher. E qual não foi a minha surpresa ao encontrar neste caminho justamente Rubem Alves falando sobre o vazio. Obrigada amigo. "É o vazio que faz o bolo ficar fofinho e leve. Aí você me pergunta: “Mas como se faz para misturar o vazio na massa do bolo?“ É simples. É para isso que se batem as claras dos ovos. As claras, sem bater, são só o “cheio“. Mas, depois de batidas, estão cheias de vazio. Vocês sabem bater claras? É divertido. A gente pega um garfo e vai enrolando a clara com movimentos circulares rápidos. Para quê? Para pescar vazio". (http://www.rubemalves.com.br/ovazio.htm)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Mojo e seus 4 ingredientes

Segundo Marshall Goldsmith, "Mojo is that positive spirit toward what we are doing now that starts from the inside and radiates to the outside".
Fiz também uma tradução livre e resumo do que ele coloca como os 4 ingredientes principais para que você tenha um great Mojo.
São eles:
1) Identidade: Quem você acha que você é? (A maioria das pessoas começa a responder assim: Eu acho que as pessoas me vêem como... Já é o momento de parar o respondente: Não, não, Quem VOCÊ acha que você é?)
2) Realização: O que você tem realizado? (E aqui também tem que haver uma observação, porque, é preciso um balanço entre a super e a sub valorização dos acontecimentos. Muitas vezes uma ação simples, que não lhe custou esforço algum, pode ser a ação que mudou o curso de sua carreira. Uma decisão às vezes).
3) Reputação: Aqui sim, Quem as pessoas pensam que você é? O que as pessoas acham que você tem feito?
4) Aceitação: O que você pode mudar e o que está além do seu controle?
Lições de Goldsmith para a vida, para a gestão de culturas e para a gestão de pessoas nas organizações. ;)

Mojo e liderança

Eu tenho estudado vários temas ultimamente (bom, alguns, acho que nunca vou parar de estudar hehehe), mas um que me chamou a atenção mais recentemente foi Mojo. Eu já vinha pensando nisso, ainda não com esse nome, apesar de conhecê-lo. Mas, vinha pensando em como, de fato, algumas pessoas perdem essa energia, essa vontade, esse poder realizador. Muitos amigos me procuram justamente por isso. Em um projeto em que conduzi uma integração cultural em um processo de aquisição, um dos gestores da organização disse: Nossos funcionários estão tristes. E era verdade!! As pessoas haviam perdido seu brilho, sua vontade de realizar. E o mais incrível foi que eu perguntei então aos gestores que ali estavam reunidos: Mas vocês estão felizes? E é aí que começa o problema. Para se alcançar um objetivo estratégico, ainda mais como este que era consolidar uma integração num processo de aquisição, a liderança precisa estar feliz!! Parece simples e alguns deles tiveram muita dificuldade em responder, mas o processo de mudança começa no indivíduo. Começa em cada um dos líderes. Eles precisam mudar. Se continuam fazendo o que sempre fizeram, vão continuar obtendo os mesmos resultados. E aí, não vão conseguir mudar.

Que orgulho de morar em Belo Horizonte

Pensamento sustentável

Acabo de voltar de "La Traviata", abrindo a temporada de ópera do Palácio das Artes. A sessão de hoje foi exclusiva para cooperados da Unimed-BH. O presidente abriu o evento, comentando também sobre a revitalização da Praça Floriano Peixoto que a Unimed vai realizar. Esse é o pensamento sustentável: Saúde não é só atendimento médico. É cultura, música, bem-estar social e urbano, é educação. Parabéns à Unimed pela iniciativa. E acho muito legal que eles apóiem dessa maneira os eventos culturais de BH. Várias instituições estavam patrocinando. Grandes marcas, grandes nomes. Mas a Unimed estava lá e realizou uma sessão única para seus funcionários. Acho louvável. Sustentabilidade não é investimento social, é pensamento, é arquitetura social. E para já inserir um dos meus gurus, Otto Scharmer, é presença.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Simplicidade e cultura

Hoje acordei cedo. Caí da cama praticamente, às 6h15 da manhã. Nem sei porque. Tem dias que simplesmente acordo. E olha que durmo muito. Enfim, rolei na cama um pouco e decidi levantar. Coloquei roupa pra correr, tomei uma colher de mel, fiz um chá e coloquei meu ipod na minha mais nova aquisição: um armband. E foi então que me lembrei de coisas simples da cultura e do comportamento humano. A palavra cultura tem origem em cultivo, cultivar. (Lembram-se das aulas de biologia? Cultura de bactérias? Pois é). E é isso mesmo que a cultura é, um cultivo de comportamentos. Os comportamentos não nascem do nada, ou são inerentes aos grupos ou indivíduos assim, de forma espontânea. Existe um cultivo dos mesmos. A felicidade, por exemplo, é uma cultura cultivada. Estar feliz diariamente não é mérito divino de 2 ou 3 indivíduos mais sortudos. É um cultivo. Diário. É, por exemplo, acordar cedo, sem motivo, e colocar aquela música deliciosa que traz lembranças fantásticas. É se cuidar. É se rodear de pessoas geniais. É trazer pra sua vida, por exemplo, algo tão simples como um armband, para que você possa ouvir música sempre que for correr, sem ter que ficar segurando o ipod com as mãos suadas. É tornar a vida prática e diminuir as razões de incômodo e chateação. É cultivo. É cuidado.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Convergência

Vou falar aqui um pouco do que tem feito sentido pra mim e de como eu penso a ideia de construir a minha prática de consultoria. Sou consultora há 7 anos e há algum tempo venho percebendo que muito do novo é nova roupagem. Os temas centrais que "stand on the way" das organizações são, de fato, antigos conhecidos. Especialmente quando se fala em temas humanos. Daí podemos remontar à antiguidade de fato, buscar na filosofia, na mitologia, na religião e nas sociedades ancestrais. É incrível isso. O Peter Senge, no seu livro, "A quinta disciplina", cita os modelos mentais como uma das disciplinas de aprendizagem. Não me entendam mal, Senge é meu guru maior, e "A quinta disciplina" meu livro de cabeceira. Mas, de fato, Platão, ao escrever "O mito da caverna", já falava em modelos mentais. Agora, uma coisa que vejo que, de fato, é muito nova, é a convergência. Nunca o mundo esteve tão conectado. Nunca estivemos tão perto da convergência total. Aprendizagem organizacional, cultura, produtividade, sustentabilidade, lucro, inovação, liderança, tudo está se convergindo completamente. E é como se, de fato, voltássemos ao ponto inicial, ao ser uno, indiviso. Isso sim é genial.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Tudo faz parte...

Incrivelmente tenho percebido que tudo faz parte... Acho q isso vem tb do entendimento de que somos indivíduos indivisos. Escovar os dentes, arrumar a cama, o quarto, formatar um arquivo, dar bom dia, dar atenção, tudo isso faz parte de fazer um bom trabalho.

O começo...

E então, fez-se a luz... Ainda não sei ao certo por onde vou começar... Não sei se é um caminho só, acho mais que são vários... Ruas, estradas, praças, conjunções, encruzilhadas...
No momento estou um pouco entre planejar a viagem e entre avaliar os caminhos, estudar os destinos.
Mas, bom, decidi começar, ainda que sem saber onde vou chegar e como.
Acho que o importante é o caminho. Desde que mantenha os princípios direcionadores, acho que tudo tende a dar certo. E os princípios estão claros: verdade, muita verdade, humildade, aprendizado, coerência e humanidade. Então... se é assim, vamos lá: Fé na taba e pé na estrada.

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