Eu voltei! Fiquei um tempo sem blogar... Muitas mudanças repentinas e muita informação pra absorver.
Mas eu voltei. rsrs Voltei para ficar... Porque aqui, aqui é o meu lugar... hehehe
Brincadeiras a parte, tenho visto muitos temas que pedem um post. Então, decidi voltar a comentar esse maravilhoso mundo corporativo.
E já com novos insights, o do momento é como somos afetados por questões linguísticas e como isso pode afetar questões críticas de gestão.
Estou estudando gestão por competências para redesenhar um modelo numa organização. Eu já pensava muito nisso, no poder da linguagem. Já cheguei até a comentar com algumas pessoas como isso impacta em processos de internacionalização e/ou em processos de fusão e aquisição. Uma simples confusão de termos, uma tradução mal feita, podem causar um grande problema gerencial. E me admira que esse seja um tema de tão pouca atenção.
Mas não só os processos explicitamente ligados a diferentes línguas e culturas que sofrem com estas questões. Á transferência entre países de conceitos gerenciais passa muito por isso e, chego a acreditar que, alguns modelos são desenhados com grandes erros de conceito por uma simples questão de linguagem. Em gestão por competências, por exemplo, vejo muitos casos de empresas que confundem potencial com desempenho e com a competência em si. Uma parte disso se deve à semelhança das palavras "competence" e "competency" que, se em inglês já são confundidas, em português, são traduzidas indiscriminadamente. Se em inglês, haveria uma discussão conceitual do que se quer dizer, em português, traduzem-nas ambas como competência e o problema aparentemente resolvido aparece depois em forma de pouco resultado efetivo.
Pra não haver dúvidas, eu fiz uma escolha, prefiro tratar a gestão por competências como um guarda-chuva e chamar, então, suas manifestações de: desempenho por competências e potencial de competências. Mais objetivo, menos confusão.
Por Marcela Ruas
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Sobre a simplicidade [2]
Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.
*Clarice Lispector, uma escritora que, como poucos, consegue descrever as angústias e maravilhas da alma humana, e poeta organizacional.
Sobre a simplicidade
Laws Of Simplicity
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quinta-feira, 1 de julho de 2010
De Clarice para Paula
*Uma homenagem a uma amiga que um dia disse que não entendia...
"Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento".
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo".
Clarice Lispector
Coragem e Hombridade
Quando falamos em planejamento estratégico, em identidade organizacional, frequentemente falamos também em valores organizacionais. Entretanto, tenho percebido o quão difícil é ter consciência de fato destes valores. Hoje, assistindo um episódio de um seriado americano, me dei conta de o quanto isso significa em nossas vidas, como pessoas, como profissionais e, em última instância, nas organizações. Em especial me dei conta de que os valores se manifestam nas pequenas coisas. Quantas vezes não deixamos de dizer o que de fato pensamos por falta de coragem? Uma ligação, um email, uma conversa difícil, encarar uma perda, um fracasso, assumir um erro. Os valores estão ali a todo momento. E é no dia-a-dia, em vencer cada pequeno desafio diário, que mostramos e entendemos nossos valores. As organizações, formadas por pessoas, não são diferentes. O que muda é que, se na família, seguimos orientações dos pais, dos avós, dos mais velhos, das lideranças informais; nas organizações existe um desafio ainda maior de reunir pessoas com histórias familiares distintas, com conceitos e concepções diferentes, cada um com seu significado, para compartilharem práticas que converjam para os mesmos valores, desta vez, organizacionais. O que, no entanto, paradoxalmente ajuda e dificulta, é que os desafios humanos são similares. A todos é preciso coragem para aquilo que nos toca, aquilo que tememos, aquilo que nos desafia, aquilo que nos emociona. No final das contas, a questão é que somos humanos demais.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Multi-polinização cruzada
Meu Deus.... Depois de falar do conceito, nunca imaginei uma aprendizagem vivencial tão profunda. Num único dia vivi multi-polinizações cruzadas infindas de conhecimentos fantásticos.
O dia começou com buscar minha avó para ir ao Inhotim. (Para quem não conhece: www.inhotim.org.br - IMPERDÍVEL). E assim passei o dia com 2 gênias da vida - minha avó e minha tia avó, minha prima - companhia que aprendeu de cedo o inesperado - no Inhotim, visitando obras incríveis. Logo de início, Forty Part Motet (http://www.inhotim.org.br/arte/obra/view/195 ). Que coisa genial. O todo na parte. A parte no todo. Me lembrou Gregório de Matos:
"O todo sem a parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo".
O dia foi inteiramente preenchido de histórias, de vida, de experiência, de vontade, de sonhos, de realizações, de descobertas, de curiosidade, de experimentos.
Depois, dois grandes amigos, também geniais, num brainstorming de matar, e a certeza de que, neste momento, estou recebendo do universo MUITO mais que dando. Meus amigos são incríveis.
Agora sim, sinto que posso contribuir para a inovação nas organizações. Estou alimentada.
*Foto: Janet Cardiff, Forty Part Motet, 2001, instalação sonora em 40 canais, com duração de 14’7’’, cantada pelo coro da catedral de Salisbury, dimensões variáveis, foto: Pedro Motta (Fonte: www.inhotim.org.br)
O dia começou com buscar minha avó para ir ao Inhotim. (Para quem não conhece: www.inhotim.org.br - IMPERDÍVEL). E assim passei o dia com 2 gênias da vida - minha avó e minha tia avó, minha prima - companhia que aprendeu de cedo o inesperado - no Inhotim, visitando obras incríveis. Logo de início, Forty Part Motet (http://www.inhotim.org.br/arte/obra/view/195 ). Que coisa genial. O todo na parte. A parte no todo. Me lembrou Gregório de Matos:
"O todo sem a parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo".
O dia foi inteiramente preenchido de histórias, de vida, de experiência, de vontade, de sonhos, de realizações, de descobertas, de curiosidade, de experimentos.
Depois, dois grandes amigos, também geniais, num brainstorming de matar, e a certeza de que, neste momento, estou recebendo do universo MUITO mais que dando. Meus amigos são incríveis.
Agora sim, sinto que posso contribuir para a inovação nas organizações. Estou alimentada.
*Foto: Janet Cardiff, Forty Part Motet, 2001, instalação sonora em 40 canais, com duração de 14’7’’, cantada pelo coro da catedral de Salisbury, dimensões variáveis, foto: Pedro Motta (Fonte: www.inhotim.org.br)
terça-feira, 22 de junho de 2010
A inspiração e a polinização cruzada [2]
Sobre o mesmo assunto, ontem vi o filme "O solista". Além de concordar muito com Marian Bantjes sobre a polinização cruzada da inspiração, sou usuária constante. Acho que isso faz parte da nossa construção pessoal e profissional. Por isso, e claro, por puro prazer hehehe, busco sempre novas fontes. Ontem, na cena do Solista (não se preocupem, sem spoiling, odeio rs) em que ele ganha um presente de Steve Lopez - quem puder, assista, recomendo - vi um mundo de referências sobre liderança, sobre inspiração, sobre talento, sobre mojo, sobre o prazer de viver. Certamente usarei em algum de meus clientes de coaching ou em algum treinamento para executivos. Até porque, além de me beneficiar da polinização cruzada, acho fantástico prover isso às pessoas, compartilhar aquilo que me inspira - até por isso este blog. Assim, #ficadica, vejam "O solista".
A inspiração e a polinização cruzada
Acabo de assistir mais um vídeo do TED. Não me canso de dizer... TED é tudo. O vídeo que vi agora é de uma designer, Marian Bantjes. Ela apresenta a forma diferenciada como encara o design e mostra diversos de seus trabalhos. E achei genial a mensagem final dela, quando ela diz que se sentia muito honrada em estar ali no TED, falando, no mesmo palco em que mentes brilhantes apresentam ideias e tecnologias transformadoras da vida, do mundo. Mas, ela diz que aprendeu a enxergar seu valor no mundo. Que é muito comum os artistas, os designers acharem que não estão contribuindo suficientemente. E que, hoje, ela sabe, o quão importante são os trabalhos que aguçam a imaginação. Porque, da mesma forma que ela é inspirada por livros, filmes, conversas com pessoas, da mesma forma, pessoas podem se inspirar no trabalho dela. Assim, quando ela produz trabalhos visuais que são diferentes, interessantes, intrigantes, que estimulam o questionamento mental, ela está incitando a imaginação das pessoas. E que você nunca sabe quando alguém pode se aproveitar deste estímulo e transformá-lo em alguma outra coisa. Porque a inspiração faz polinização cruzada. Então, que um trabalho dela pode inspirar um escritor, um cientista. E isso pode se tornar a semente que alimenta a mente de um médico, de um filantropo, uma baby-sitter. E que, ela acredita que uma sociedade totalmente funcional e rica precisa de estímulos como este, vindo de todas as áreas de conhecimento, fluindo, crescendo. Concordo e muito.
O vídeo pode ser visto em: http://www.ted.com/talks/marian_bantjes_intricate_beauty_by_design.html
*1 dos trabalhos de Marian Bantjes que aparece quando ela dá sua mensagem final. Sim, design também é sustentabilidade.
O vídeo pode ser visto em: http://www.ted.com/talks/marian_bantjes_intricate_beauty_by_design.html
*1 dos trabalhos de Marian Bantjes que aparece quando ela dá sua mensagem final. Sim, design também é sustentabilidade.
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segunda-feira, 21 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Cada tempo em seu lugar
Gilberto Gil
Preciso refrear um pouco o meu desejo de ajudar
Não vou mudar um mundo louco dando socos para o ar
Não posso me esquecer que a pressa
É a inimiga da perfeição
Se eu ando o tempo todo a jato, ao menos
Aprendi a ser o último a sair do avião
Preciso me livrar do ofício de ter que ser sempre bom
Bondade pode ser um vício, levar a lugar nenhum
Não posso me esquecer que o açoite
Também foi usado por Jesus
Se eu ando o tempo todo aflito, ao menos
Aprendi a dar meu grito e a carregar a minha cruz
Cada coisa em seu lugar
A bondade, quando for bom ser bom
A justiça, quando for melhor
O perdão:
Se for preciso perdoar
Agora deve estar chegando a hora de ir descansar
Um velho sábio na Bahia recomendou: "Devagar"
Não posso me esquecer que um dia
Houve em que eu nem estava aqui
Se eu ando por aí correndo, ao menos
Eu vou aprendendo o jeito de não ter mais aonde ir
Cada tempo em seu lugar
A velocidade, quando for bom
A saudade, quando for melhor
Solidão,
Quando a desilusão chegar
Preciso refrear um pouco o meu desejo de ajudar
Não vou mudar um mundo louco dando socos para o ar
Não posso me esquecer que a pressa
É a inimiga da perfeição
Se eu ando o tempo todo a jato, ao menos
Aprendi a ser o último a sair do avião
Preciso me livrar do ofício de ter que ser sempre bom
Bondade pode ser um vício, levar a lugar nenhum
Não posso me esquecer que o açoite
Também foi usado por Jesus
Se eu ando o tempo todo aflito, ao menos
Aprendi a dar meu grito e a carregar a minha cruz
Cada coisa em seu lugar
A bondade, quando for bom ser bom
A justiça, quando for melhor
O perdão:
Se for preciso perdoar
Agora deve estar chegando a hora de ir descansar
Um velho sábio na Bahia recomendou: "Devagar"
Não posso me esquecer que um dia
Houve em que eu nem estava aqui
Se eu ando por aí correndo, ao menos
Eu vou aprendendo o jeito de não ter mais aonde ir
Cada tempo em seu lugar
A velocidade, quando for bom
A saudade, quando for melhor
Solidão,
Quando a desilusão chegar
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Eu acho que...
Diferente de Shermer, eu não sou uma pessoa cética. Pelo contrário, acho até que acredito demais hehehe. Mas uma coisa que digo sempre é que um dos maiores problemas da cultura é o de que, de forma geral, a gente acha que acha coisa demais rs. Me explico. Quando alguém defende seu ponto de vista, muitas vezes até veementemente, o defende como uma opinião formada, algo construído, acreditado. Mesmo quando não defendidos, os pontos de vista aparecem o tempo todo em nossas decisões, ações, crenças. Pois então, é em acreditar que nossas decisões, ações, crenças são inteiramente nossas é que está o problema.
Costumo fazer um exercício com executivos que se chama "A árvore genealógica de valores". O que acho muito interessante neste exercício é o fato de, ao construírem suas árvores genealógicas de valores, as pessoas perceberem que herdaram (e muito) seus valores de sua história familiar. Fato é que o que pensamos e acreditamos está diretamente ligado à nossa história, à nossa educação, ao ambiente em que crescemos/ vivemos, à empresa em que trabalhamos. E o que acho mais fantástico nisso é o quanto explica a diversidade. Se temos uma combinação única de história de vida, formação familiar, educação, ambiente, grupos sociais, etc, como poderíamos pensar igual?
Costumo fazer um exercício com executivos que se chama "A árvore genealógica de valores". O que acho muito interessante neste exercício é o fato de, ao construírem suas árvores genealógicas de valores, as pessoas perceberem que herdaram (e muito) seus valores de sua história familiar. Fato é que o que pensamos e acreditamos está diretamente ligado à nossa história, à nossa educação, ao ambiente em que crescemos/ vivemos, à empresa em que trabalhamos. E o que acho mais fantástico nisso é o quanto explica a diversidade. Se temos uma combinação única de história de vida, formação familiar, educação, ambiente, grupos sociais, etc, como poderíamos pensar igual?
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quinta-feira, 10 de junho de 2010
A caixa preta da Cultura Organizacional
Tenho visto em meus projetos que muitos dos problemas da cultura organizacional estão no próprio entendimento do que é a cultura. Algumas pessoas acham que é algo soft, puramente comportamental, outros acham que os aspectos culturais estão ligados à vontade das pessoas de fazerem as coisas. Na verdade, cultura é bem mais complexo que isso e, por outro lado, o entendimento de sua complexidade torna as soluções mais simples de serem entendidas. O que acontece é que a cultura não é só o lado soft. Ela se manifesta, sim, e basicamente, nos comportamentos, pensamentos, relacionamentos. Mas o que a gera está muito mais ligado ao lado "hard" das organizações: processos, tecnologias, políticas, procedimentos, estrutura organizacional. Edgar Schein (1984) define a cultura como "um padrão de pressupostos básicos que um determinado grupo inventou, descobriu ou desenvolveu no processo de aprender a resolver problemas de adaptação externa e integração interna e que funcionaram bem o suficiente a ponto de serem considerados válidos e, portanto de serem ensinados a novos membros do grupo, como a maneira correta de perceber pensar e sentir em relação a esses problemas".
Outro dia eu vi uma entrevista com o Ricardo Semler onde ele dizia ter feito uma vez um trabalho com CEOs e pediu para que todos escrevessem suas missões, visões e valores em papéis. Depois ele embaralhou todos e pediu para que identificassem os seus. Todos se confundiram. É um ótimo exemplo de que não são os quadros de valores na parede das empresas que as definem e sim suas ações e decisões e como isso se reflete em aspectos tangíveis do seu dia-a-dia.
Fonte da imagem: http://www.sxc.hu
Outro dia eu vi uma entrevista com o Ricardo Semler onde ele dizia ter feito uma vez um trabalho com CEOs e pediu para que todos escrevessem suas missões, visões e valores em papéis. Depois ele embaralhou todos e pediu para que identificassem os seus. Todos se confundiram. É um ótimo exemplo de que não são os quadros de valores na parede das empresas que as definem e sim suas ações e decisões e como isso se reflete em aspectos tangíveis do seu dia-a-dia.
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quarta-feira, 9 de junho de 2010
Attrition, retention e os "returners"
Uma das mensurações utilizadas para saber o grau de engajamento dos funcionários nas organizações é o attrition, que mede turn over, saída de pessoas, etc. Tenho notado, no entanto, que, no momento atual, um attrition alto passa a ser normal, se analisamos o aquecimento do mercado e a guerra de talentos. O que vejo, então, é uma nova medida que deve ser encarada de forma séria pelas empresas (sugiro inclusive como indicador), que chamo aqui de taxa de returning employees. Porque, que haverá rotatividade no mercado e um aumento de saídas com as ofertas de trabalho é certo, mas, fica a pergunta: Quantas dessas pessoas, depois que saem, resolvem voltar para as organizações de origem? Isso sim é medida de engagement. A pessoa sai, usufrui sua liberdade de ir e vir, experimenta, compara e decide voltar.
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segunda-feira, 7 de junho de 2010
Do que deve ser valorizado...
Tenho descoberto novas paixões a cada dia. Uma delas, é a imperfeição.
E na minha busca, na investigação do humano (que, por sinal, é o maior segredo organizacional), encontrei essa crônica maravilhosa de Paulo Ricardo Zilio Abdala:
A trilha da imperfeição
E na minha busca, na investigação do humano (que, por sinal, é o maior segredo organizacional), encontrei essa crônica maravilhosa de Paulo Ricardo Zilio Abdala:
A trilha da imperfeição
Ao deixar de lado as certezas absolutas, sentiu uma leveza incomum
Não saboreava mais o gosto amargo da melancolia em sua boca
Não tinha mais o peso maciço da cobrança em suas costas
Compreendeu naquele momento impar
Que a disparidade é de uma beleza rara
E que a igualdade não é um sonho, mas sim uma prisão
Mais calmo caminhava pela rua escura
Quando olhando para o nada enxergou um movimento
Era sua alma que passeava pelo parque
Alegre e viva flutuando sobre o mar revolto
De ondas de culpas e negativismos humanos
Ao ver tão singela cena parou...
Por instantes temeu por sua sanidade
Não poderia ser tão simples...
Por toda sua vida sofreu...
Sofreu por si... sofreu pelos outros
Pelo amor, pela saudade, pela morte...
Por tantas coisas que nem lembrava mais
E agora que estava desapegado de tudo
Cabeça erguida ao céu estrelado
Uma lágrima corria em seu rosto
Não era mais uma dor...
Nem outra forma de lamento...
Era a última gota de um sentimento negro
Que deixava de existir frente à luz
Incandescente da existência plena
Daqueles que aceitam a trilha da imperfeição
Como única rota de fuga da obsessão doente
Que é ser de tudo um pouco, ou ser de tudo um muito...
Tudo menos si mesmo
Não saboreava mais o gosto amargo da melancolia em sua boca
Não tinha mais o peso maciço da cobrança em suas costas
Compreendeu naquele momento impar
Que a disparidade é de uma beleza rara
E que a igualdade não é um sonho, mas sim uma prisão
Mais calmo caminhava pela rua escura
Quando olhando para o nada enxergou um movimento
Era sua alma que passeava pelo parque
Alegre e viva flutuando sobre o mar revolto
De ondas de culpas e negativismos humanos
Ao ver tão singela cena parou...
Por instantes temeu por sua sanidade
Não poderia ser tão simples...
Por toda sua vida sofreu...
Sofreu por si... sofreu pelos outros
Pelo amor, pela saudade, pela morte...
Por tantas coisas que nem lembrava mais
E agora que estava desapegado de tudo
Cabeça erguida ao céu estrelado
Uma lágrima corria em seu rosto
Não era mais uma dor...
Nem outra forma de lamento...
Era a última gota de um sentimento negro
Que deixava de existir frente à luz
Incandescente da existência plena
Daqueles que aceitam a trilha da imperfeição
Como única rota de fuga da obsessão doente
Que é ser de tudo um pouco, ou ser de tudo um muito...
Tudo menos si mesmo
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Networking
Muitas pessoas comentam comigo de se surpreenderem com meu network que, de fato, é grande. E, recentemente, estive pesquisando o tema. É incrível como encontramos matérias em veículos de RH, de gestão, falando sobre a importância de um bom network. Mas, acho muito engraçado quando vejo matérias sobre "Como aumentar seu círculo de influência" ou sobre "Como ter boas conexões". Acho engraçado porque não acho que network seja um objetivo fim, um resultado a se obter. A própria origem da palavra me remete a algo muito diferente do que vejo nos "Manuais de Gestão". Networking significa trabalhar em rede. Networking não é construir uma rede, parar e usufruir dela, é uma forma específica de se relacionar diariamente, constantemente e como indivíduo, não só como profissional.
Castells afirma que a paisagem urbana se transformou, alterando para sempre as relações humanas. Muito disso ele atribui às tecnologias de informação e comunicação (TICs), mas eu acho que vai muito além disso.
Penso que a atuação em rede está relacionada a se disponibilizar para as pessoas e a aceitar a troca sinérgica da rede. Atuar em rede significa compreender que você faz parte de um sistema maior e que você é veículo de informações e energia constantemente. E o que é mais incrível é que, quanto mais você entende e participa da rede, mais você aprende a usufruir dela. Existe também algo de quântico nas relações da rede. Vejo que quanto mais nos tornamos elos de conexão da rede, mais atraímos outros elos e pessoas altamente energizadas que potencializam nossa capacidade neural.
Fonte da imagem: http://www.sxc.hu
Castells afirma que a paisagem urbana se transformou, alterando para sempre as relações humanas. Muito disso ele atribui às tecnologias de informação e comunicação (TICs), mas eu acho que vai muito além disso.
Penso que a atuação em rede está relacionada a se disponibilizar para as pessoas e a aceitar a troca sinérgica da rede. Atuar em rede significa compreender que você faz parte de um sistema maior e que você é veículo de informações e energia constantemente. E o que é mais incrível é que, quanto mais você entende e participa da rede, mais você aprende a usufruir dela. Existe também algo de quântico nas relações da rede. Vejo que quanto mais nos tornamos elos de conexão da rede, mais atraímos outros elos e pessoas altamente energizadas que potencializam nossa capacidade neural.
Fonte da imagem: http://www.sxc.hu
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segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
Sobre a repetibilidade [2]
Aqui a repetibilidade aparece novamente, dessa vez por autores que divergem sua opinião sobre tal, mas levantam uma mesma tendência.
Domenico De Masi disse em 2000, no livro, "O ócio criativo", "A principal característica da atividade criativa é que ela praticamente não se distingue do jogo e do aprendizado, ficando cada vez mais difícil separar estas três dimensões que antes, em nossa vida, tinham sido separadas de uma maneira clara e artificial. Quando trabalho, estudo e jogo coincidem, estamos diante daquela síntese exaltante que eu chamo de "ócio criativo"". Seu foco era ressaltar a utilidade dessa aplicação.
Não com o mesmo foco, mas ainda na repetibilidade, a 1a geração da escola de Frankfurt, em especial Theodor Adorno, em suas críticas à indústria cultural, no final da década de 20, comenta os mesmos pontos.
Claro que é preciso descontar toda a rabugisse de Adorno, mas veja um resumo-comentário da série "Os pensadores" (1983) sobre o seu trabalho: 'O próprio ócio do homem é utilizado pela indústria cultural com o fito de mecanizá-lo, de tal modo que, sob o capitalismo, em suas formas mais avançadas, a diversão e o lazer tornam-se um prolongamento do trabalho'. Segundo Adorno, "só se pode escapar ao processo de trabalho na fábrica e na oficina, adequando-se a ele no ócio".
Lendo assim não parece quase plágio?? hehehehe
Domenico De Masi disse em 2000, no livro, "O ócio criativo", "A principal característica da atividade criativa é que ela praticamente não se distingue do jogo e do aprendizado, ficando cada vez mais difícil separar estas três dimensões que antes, em nossa vida, tinham sido separadas de uma maneira clara e artificial. Quando trabalho, estudo e jogo coincidem, estamos diante daquela síntese exaltante que eu chamo de "ócio criativo"". Seu foco era ressaltar a utilidade dessa aplicação.
Não com o mesmo foco, mas ainda na repetibilidade, a 1a geração da escola de Frankfurt, em especial Theodor Adorno, em suas críticas à indústria cultural, no final da década de 20, comenta os mesmos pontos.
Claro que é preciso descontar toda a rabugisse de Adorno, mas veja um resumo-comentário da série "Os pensadores" (1983) sobre o seu trabalho: 'O próprio ócio do homem é utilizado pela indústria cultural com o fito de mecanizá-lo, de tal modo que, sob o capitalismo, em suas formas mais avançadas, a diversão e o lazer tornam-se um prolongamento do trabalho'. Segundo Adorno, "só se pode escapar ao processo de trabalho na fábrica e na oficina, adequando-se a ele no ócio".
Lendo assim não parece quase plágio?? hehehehe
Sobre a repetibilidade
Vou comentar aqui um tema que vejo recorrentemente (obviamente, e vcs em breve entenderão o porque) e vou chamar isso da "repetibilidade" dos temas de gestão.
Peter Drucker, em 1995, disse, em seu livro "Adapting to change": "We are in one of those great historical periods that occur every 200 to 300 years when people no longer fully understand the world anymore, and knowledge of the past is not sufficient to explain the future".
Em 2006, Otto Scharmer, em seu livro, "THEORY U: Leading from the Emerging Future Presencing as a Social Technology of Freedom", disse: "In working with leadership teams across sectors and industries, I realized that leaders could not meet their existing challenges by operating only on the basis of past experiences. I wondered whether there could be a deeper learning cycle based on one’s sensing of an emerging future, rather than on one’s past experiences".
Acho que já disse isso aqui, mas sabe o que, os conhecimentos não são novos. Os grandes gurus de gestão, os grandes pensadores da humanidade, refletem sobre os mesmos temas. Dizem várias e várias vezes as mesmas coisas, de formas diferentes. Acho que a gente é que às vezes não escuta... Ou não presta atenção.
Peter Drucker, em 1995, disse, em seu livro "Adapting to change": "We are in one of those great historical periods that occur every 200 to 300 years when people no longer fully understand the world anymore, and knowledge of the past is not sufficient to explain the future".
Em 2006, Otto Scharmer, em seu livro, "THEORY U: Leading from the Emerging Future Presencing as a Social Technology of Freedom", disse: "In working with leadership teams across sectors and industries, I realized that leaders could not meet their existing challenges by operating only on the basis of past experiences. I wondered whether there could be a deeper learning cycle based on one’s sensing of an emerging future, rather than on one’s past experiences".
Acho que já disse isso aqui, mas sabe o que, os conhecimentos não são novos. Os grandes gurus de gestão, os grandes pensadores da humanidade, refletem sobre os mesmos temas. Dizem várias e várias vezes as mesmas coisas, de formas diferentes. Acho que a gente é que às vezes não escuta... Ou não presta atenção.
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Devagar se vai ao longe...
Ontem, enquanto corria na Lagoa da Pampulha, analisei um pouco a relação com o esporte e vi ali um dos segredos de todas as coisas: moderação, ponderação. Não se começa a correr pelo sprint. Isso serve pra muitas situações da vida...
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Admirável mundo velho novo
Sabe o que é mais maluco? É que o profissionalismo é muito amador... rsrs A cada dia em que convivo com o mundo corporativo confirmo isso. E isso pra mim tem dois lados. Um lado é muito ruim que é o de pensar que grandes corporações, grandes nomes nacionais ou mundiais, de faturamentos gigantescos, possam cometer erros até primários. Agora, o outro lado disso, que é genial, é o de que, na verdade, não existe receita certa ou fórmula mágica. Tem empresa que faz tudo errado e dá certo. Empresa que faz tudo certo e dá errado. E a verdade é essa, por mais que o mundo acadêmico traga uma série de novas metodologias, descobertas, abordagens, não existe certeza de sucesso. E, no final, isso acaba é dando muito espaço pra intuição e pro bom senso. Ainda me admiro desse mundo de empresas...
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Parcerias
Tenho trabalhado muito em parcerias. E tenho descoberto que há um mundo inteiro a ser explorado. E muitas pessoas muito interessantes. E que é muito legal trabalhar assim, em conjunto, para construir produtos de empresas distintas. E é assim, a empresa nem nome tem, mas já tem um evento que é o 1o encontro de rede dos parceiros da empresa. Ainda não faço a mínima ideia dos resultados que vou obter, mas já posso estar perdidamente apaixonada?
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Meio cheio ou meio vazio?
Hoje eu acordei me sentindo pequena. E, após o sofrimento da vulnerabilidade, consegui enxergar no vazio uma oportunidade. E conclui que estou no caminho certo. É isso mesmo que eu estou buscando: O copo metade vazio. Sair do tudo para buscar respostas no nada. É preciso estar vazio para que se possa preencher. E qual não foi a minha surpresa ao encontrar neste caminho justamente Rubem Alves falando sobre o vazio. Obrigada amigo. "É o vazio que faz o bolo ficar fofinho e leve. Aí você me pergunta: “Mas como se faz para misturar o vazio na massa do bolo?“ É simples. É para isso que se batem as claras dos ovos. As claras, sem bater, são só o “cheio“. Mas, depois de batidas, estão cheias de vazio. Vocês sabem bater claras? É divertido. A gente pega um garfo e vai enrolando a clara com movimentos circulares rápidos. Para quê? Para pescar vazio". (http://www.rubemalves.com.br/ovazio.htm)
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Mojo e seus 4 ingredientes
Segundo Marshall Goldsmith, "Mojo is that positive spirit toward what we are doing now that starts from the inside and radiates to the outside".
Fiz também uma tradução livre e resumo do que ele coloca como os 4 ingredientes principais para que você tenha um great Mojo.
São eles:
1) Identidade: Quem você acha que você é? (A maioria das pessoas começa a responder assim: Eu acho que as pessoas me vêem como... Já é o momento de parar o respondente: Não, não, Quem VOCÊ acha que você é?)
2) Realização: O que você tem realizado? (E aqui também tem que haver uma observação, porque, é preciso um balanço entre a super e a sub valorização dos acontecimentos. Muitas vezes uma ação simples, que não lhe custou esforço algum, pode ser a ação que mudou o curso de sua carreira. Uma decisão às vezes).
3) Reputação: Aqui sim, Quem as pessoas pensam que você é? O que as pessoas acham que você tem feito?
4) Aceitação: O que você pode mudar e o que está além do seu controle?
Lições de Goldsmith para a vida, para a gestão de culturas e para a gestão de pessoas nas organizações. ;)
Fiz também uma tradução livre e resumo do que ele coloca como os 4 ingredientes principais para que você tenha um great Mojo.
São eles:
1) Identidade: Quem você acha que você é? (A maioria das pessoas começa a responder assim: Eu acho que as pessoas me vêem como... Já é o momento de parar o respondente: Não, não, Quem VOCÊ acha que você é?)
2) Realização: O que você tem realizado? (E aqui também tem que haver uma observação, porque, é preciso um balanço entre a super e a sub valorização dos acontecimentos. Muitas vezes uma ação simples, que não lhe custou esforço algum, pode ser a ação que mudou o curso de sua carreira. Uma decisão às vezes).
3) Reputação: Aqui sim, Quem as pessoas pensam que você é? O que as pessoas acham que você tem feito?
4) Aceitação: O que você pode mudar e o que está além do seu controle?
Lições de Goldsmith para a vida, para a gestão de culturas e para a gestão de pessoas nas organizações. ;)
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Mojo e liderança
Eu tenho estudado vários temas ultimamente (bom, alguns, acho que nunca vou parar de estudar hehehe), mas um que me chamou a atenção mais recentemente foi Mojo. Eu já vinha pensando nisso, ainda não com esse nome, apesar de conhecê-lo. Mas, vinha pensando em como, de fato, algumas pessoas perdem essa energia, essa vontade, esse poder realizador. Muitos amigos me procuram justamente por isso. Em um projeto em que conduzi uma integração cultural em um processo de aquisição, um dos gestores da organização disse: Nossos funcionários estão tristes. E era verdade!! As pessoas haviam perdido seu brilho, sua vontade de realizar. E o mais incrível foi que eu perguntei então aos gestores que ali estavam reunidos: Mas vocês estão felizes? E é aí que começa o problema. Para se alcançar um objetivo estratégico, ainda mais como este que era consolidar uma integração num processo de aquisição, a liderança precisa estar feliz!! Parece simples e alguns deles tiveram muita dificuldade em responder, mas o processo de mudança começa no indivíduo. Começa em cada um dos líderes. Eles precisam mudar. Se continuam fazendo o que sempre fizeram, vão continuar obtendo os mesmos resultados. E aí, não vão conseguir mudar.
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Pensamento sustentável
Acabo de voltar de "La Traviata", abrindo a temporada de ópera do Palácio das Artes. A sessão de hoje foi exclusiva para cooperados da Unimed-BH. O presidente abriu o evento, comentando também sobre a revitalização da Praça Floriano Peixoto que a Unimed vai realizar. Esse é o pensamento sustentável: Saúde não é só atendimento médico. É cultura, música, bem-estar social e urbano, é educação. Parabéns à Unimed pela iniciativa. E acho muito legal que eles apóiem dessa maneira os eventos culturais de BH. Várias instituições estavam patrocinando. Grandes marcas, grandes nomes. Mas a Unimed estava lá e realizou uma sessão única para seus funcionários. Acho louvável. Sustentabilidade não é investimento social, é pensamento, é arquitetura social. E para já inserir um dos meus gurus, Otto Scharmer, é presença.
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quinta-feira, 20 de maio de 2010
Simplicidade e cultura
Hoje acordei cedo. Caí da cama praticamente, às 6h15 da manhã. Nem sei porque. Tem dias que simplesmente acordo. E olha que durmo muito. Enfim, rolei na cama um pouco e decidi levantar. Coloquei roupa pra correr, tomei uma colher de mel, fiz um chá e coloquei meu ipod na minha mais nova aquisição: um armband. E foi então que me lembrei de coisas simples da cultura e do comportamento humano. A palavra cultura tem origem em cultivo, cultivar. (Lembram-se das aulas de biologia? Cultura de bactérias? Pois é). E é isso mesmo que a cultura é, um cultivo de comportamentos. Os comportamentos não nascem do nada, ou são inerentes aos grupos ou indivíduos assim, de forma espontânea. Existe um cultivo dos mesmos. A felicidade, por exemplo, é uma cultura cultivada. Estar feliz diariamente não é mérito divino de 2 ou 3 indivíduos mais sortudos. É um cultivo. Diário. É, por exemplo, acordar cedo, sem motivo, e colocar aquela música deliciosa que traz lembranças fantásticas. É se cuidar. É se rodear de pessoas geniais. É trazer pra sua vida, por exemplo, algo tão simples como um armband, para que você possa ouvir música sempre que for correr, sem ter que ficar segurando o ipod com as mãos suadas. É tornar a vida prática e diminuir as razões de incômodo e chateação. É cultivo. É cuidado.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Convergência
Vou falar aqui um pouco do que tem feito sentido pra mim e de como eu penso a ideia de construir a minha prática de consultoria. Sou consultora há 7 anos e há algum tempo venho percebendo que muito do novo é nova roupagem. Os temas centrais que "stand on the way" das organizações são, de fato, antigos conhecidos. Especialmente quando se fala em temas humanos. Daí podemos remontar à antiguidade de fato, buscar na filosofia, na mitologia, na religião e nas sociedades ancestrais. É incrível isso. O Peter Senge, no seu livro, "A quinta disciplina", cita os modelos mentais como uma das disciplinas de aprendizagem. Não me entendam mal, Senge é meu guru maior, e "A quinta disciplina" meu livro de cabeceira. Mas, de fato, Platão, ao escrever "O mito da caverna", já falava em modelos mentais. Agora, uma coisa que vejo que, de fato, é muito nova, é a convergência. Nunca o mundo esteve tão conectado. Nunca estivemos tão perto da convergência total. Aprendizagem organizacional, cultura, produtividade, sustentabilidade, lucro, inovação, liderança, tudo está se convergindo completamente. E é como se, de fato, voltássemos ao ponto inicial, ao ser uno, indiviso. Isso sim é genial.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Tudo faz parte...
Incrivelmente tenho percebido que tudo faz parte... Acho q isso vem tb do entendimento de que somos indivíduos indivisos. Escovar os dentes, arrumar a cama, o quarto, formatar um arquivo, dar bom dia, dar atenção, tudo isso faz parte de fazer um bom trabalho.
O começo...
E então, fez-se a luz... Ainda não sei ao certo por onde vou começar... Não sei se é um caminho só, acho mais que são vários... Ruas, estradas, praças, conjunções, encruzilhadas...
No momento estou um pouco entre planejar a viagem e entre avaliar os caminhos, estudar os destinos.
Mas, bom, decidi começar, ainda que sem saber onde vou chegar e como.
Acho que o importante é o caminho. Desde que mantenha os princípios direcionadores, acho que tudo tende a dar certo. E os princípios estão claros: verdade, muita verdade, humildade, aprendizado, coerência e humanidade. Então... se é assim, vamos lá: Fé na taba e pé na estrada.
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